Disfarce da Existência


Minha vida não chega a ser
Meus sentimentos à desfalecer
Vagando numa eterna incerteza
Eu realmente existo?
Se existo, por mim mesmo, deixo de me existir
Falo aos ventos e eles me correspondem
As paredes não só de ouvidos, mas ombros amigos
Eu não existo, apenas finjo
Falo por que aprendi, escrevo por que aprendi
Aprendo a fingir, aprendo a dizer que vivo
Anormal inconsequente
Vivo numa frequencia diferente
Eu realmente existo?
Não existo, por que estou aqui?
 Onde pertenço? À quem pertenço?
As paredes não aprenderam a falar
Não aprenderam a viver, mas existem
Comparo-me à elas, existo como elas
Frio, rígido, apenas ouvidos
Talvez eu exista.

Comentários

  1. sempre te achei poeta ned, e toda vez que visito seu blog e leio teus textos tenho cada vez mais certeza de que vc é um.

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