Nove e Sete

   Embolado em um casulo iluminado e confortável, aos poucos noto que ainda continuo sendo eu mesmo, meu velho conhecido. Em meio à um caminho estreito e desesperador muitas vezes, descobri que que o desespero é fruto do medo de quem eu sou. Tive medo de ver, de sentir, de me entender. Mas agora, já bastante esclarecido - mas não o suficiente pra uma vida toda -, me vejo, me sinto e me entendo. Agora posso me sentar no quintal como antigamente e desfrutar mais nitidamente da noite, sem temer reações, e me contemplar melhor, sem névoa nicotinada e nem insônia mental, somente a paz. Respiro livre, e que os Nove Soldados da França me ajudem, e os Sete com vela, me guiem.

Comentários

Postagens mais visitadas