Dezoito portas

  Um enorme corredor cinza, nove portas. Tinha que chegar em apenas uma, mas algo estava acontecendo. Não entendia, minhas pernas estavam dormentes. Minha garganta fechava, sufocante e assustador. Ouvia uma voz chamando por mim, uma voz má. Conhecia aquela voz, aquela risada.
  Tentava a todo custo escapar, mas as nove portas se tornaram dezoito. Tudo girava tão rápido. Minha voz não saia, a ajuda nunca viria. Consegui me apoiar na parede, quantas paredes! Minhas pernas estavam descontroladas, minha mente: torturada. Finalmente minhas mãos encontraram a garganta, apertei-as com vontade. Acordei.

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