Castelo de Cartas

  As coisas mudam tão rapidamente, com tanta frequência. Mal consigo me acostumar e quando finalmente consigo tempo de construir alguma coisa dentro de mim, tudo muda e se destrói. Sinto medo que não dê mais tempo de reconstruir, é difícil.
  Cansa. Os operários ficam exaustos. Concordo com os externos, falam tanto que é fácil demais; mas quantas vezes eles têm que se reconstruir? A frequência deles não é a mesma da minha. Sorte a deles.  É como se fosse um imenso baralho, e você começa a erguer um castelo de cartas. Quando finalmente coloca a última carta, sentindo-se orgulhoso por ter conseguido de novo, um vento gelado as atravessa, levando-as ao chão, junto com seu esforço e dedicação. Até quando? Talvez alguém tenha que desligar esse ventilador que não deixa, nunca, de me refrescar.

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