ARGHumente
Visualizo uma paisagem distinta de tudo que se vê no meu mundo. Apenas o cobertor dos meus sonhos está lá, o que aquece, o que desaparece, o que esconde, o que enrosca. Através dos grandes muros marcados de pesar, arrecado uma sinfonia de brilhantes, suaves como o deslizar de uma pena na imensidão do abismo. Branca, branquíssima, apenas um rasgo negro, rasgo. Raso, profundo. Escondidinho no fundo daquela gruta, à pensar com seus miolos, não há o que encontrar. Certamente acredito em ti, urro. Coço o nariz desdenhosamente, sinal. Esforço, concentre-se, mas não muito! Não os deixe entrar, tampouco os deixe sair de perto. Se entrar, está lascado. Se sair, mais lascado ainda. Controle-os ao mesmo tempo. Que tontura é essa? Medicaste? Não preciso deles, e sim dos deles. Ali, avisto-te. Ódio. Que paisagem desperdiçada.
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