Descemos um corredor fedido de mijo e entramos em um quintal cheio de mesas
Andei em círculos. Cada passo dado tentando me convencer de que eu deveria usar outros termos. No final das contas, a verdade é uma só, ele foi imoral. Quem anda em círculos é chegado e amigo das tonturas. E fui tonto. A responsabilidade é uma faca de dois gumes, cortou a mim, assim como cortou a você. E nesse parágrafo te encerro e te enterro, rorái.
"Não gosto de ficar sem falar contigo" sua mão estava quente quando a pôs no meu ombro.
"Eu não gosto disso também" concordei.
Nos viramos para o rio que corria colina acima. Encostamos no parapeito. "Não sei porquê fazemos isso" - um de nós disse.
Em sonhos as vozes parecem vir de todos os lados e de lado nenhum.
Em sonhos as coisas podem parecer realidade e o mais bravo guerreiro pode se enganar quando vê o resultado da luta: o vencedor.
Levei dois socos e um ponta-pé enquanto equilibrava um copo de cerveja na mão.
"Ele não odeia..." e o ar sumiu.
"Seu coração bate anormalmente rápido".
"Não diga isso, posso entrar em pânico" levei a mão ao peito e deixei ela ali.
Descemos um corredor fedido de mijo e entramos em um quintal cheio de mesas. Lá se vê todo tipo de gente, das reais às que visitam o guerreiro antes da batalha em sonhos. Seu sonho estava ali, prestes a virar pesadelo. O guerreiro tentou voar a frente do avião e foi jogado ao vento, e tudo pegou fogo.
Tudo pegou fogo.
Comentários
Postar um comentário