Countless Sleepless Nights
E mais uma vez estou aqui sentado, olhando para a parede sem saber se continuo a repetir meus antigos erros psicológicos. Partindo da mesma sacanagem, ouvindo as mesmas besteiras, sorrindo pela mesma babaquice, brincando com os mesmos problemas, gargalhando das mesmas merdas feitas, ou até repetindo os abandonos repentinos e que duravam milênios (uma semana), ou que duravam uma eternidade (três meses) ou várias eternidades (oito meses). Minha vontade de desistência não é por você, nem por mim; é um pouco por nós. Como posso me apoiar em alguém cujo se apoia em algo tão distante de mim? Não fazia sentido nos apoiarmos na mesma coisa senão a gente mesmo, como antigamente. Estou chateado de novo. Pensar que não te quero mais em absolutamente nada é um erro - grave -, mas pensar em continuar assim também parece errado. Não gosto que seja errado, porém não consigo fazer nada pra mudar. As erroneidades cansam. Estou sentindo muita vontade de desaparecer outra vez, e mesmo parecendo erradíssimo, parece uma ótima ideia. Tenho esses pensamentos em demasia. Já fiz isso tantas vezes. Você também já vez, com um motivo muitíssimo mais egoísta do que o meu. Meu motivo é apenas não querer atrapalhar mais. Não gosto de não participar de sua vida, fui cruelmente posto de lado, novamente. Sinto-me como uma bola de futebol sendo chutada com toda a força para fora do campo, e algum estranho a pega na rua e a leva embora, os estranhos cuidam dela, mas ela não pertence à eles, agora ela não pertence à mais ninguém; talvez nunca tenha pertencido à ninguém, talvez só tenha pertencido àquele grande campo de futebol, e àquele belíssimo gramado verde. Preciso achar meu gol de novo, mas enquanto estou com estranhos, é quase impossível. Estou sendo guardado encima de um guarda-roupa velhíssimo e que cheira mofo, que cruel esses estranhos. Nas crises de rebeldia estúpida corro em círculos, tento achar um canto, mas nunca acho, obviamente. Queria um canto para poder me esconder, mas não existe esconderijo num círculo. Reparou que vivemos num imenso círculo não-tão-circular chamado Terra? Impossível me esconder de verdade, mas garanto que sou capaz de ficar desaparecido por muito tempo, até alguém me levar para um campo de novo. Até eu pertencer à algum lugar.
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