eu sou bom ou delinquente
O desejo é tóxico. Presente em minhas correntes, me entorpece as visões e escurece reações; pesa nas costas como um fardo delicioso, que me traz emoções.
Presente em mim
Não lembro qual ocasião mereci ganhá-lo, o presente não é meu e não posso doá-lo.
O desejo é tóxico, uma fumaça inebriante.
É preciso cerrar os olhos para enxergar mais distante...
O objeto do desejo, quiçá, fonte e toxidade
e debruçar nessa pintura alivia o incômodo do pintor
tira toda a seriedade
O objeto do desejo é tóxico
ou tóxico é o desejo
Delirícia, um presente
Desembrulho, contente
abro a caixinha prendendo o ar,
solto o ar, soltando a caixinha
deve ter se perdido, não vejo nadinha
Embrulhado um presente
que aberto é ausente,
o delírio embrulhado
não te traz pro meu lado
mesmo delicioso
me questiono, doente
se no Natal das ilusões
eu sou bom ou delinquente
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